sexta-feira, 20 de abril de 2012

O que é Economia Solidária?

Por Silmara Guerreiro
Você já deve ter ouvido falar em Economia Solidária. Pode ter sido no jornal, em um folder ou até mesmo já visitou alguma feira que levasse esse nome. Mas você sabe o que essa feira tinha de diferente das demais? Você sabe o que esse termo “Economia Solidária” representa?Como costumam dizer, Economia Solidária é uma outra forma de produzir, vender ou comprar. Mas e aí como é que isso tudo acontece?
Produção
A economia solidária tem como princípio a autogestão, a cooperação e a não-exploração. Nesta outra forma de produzir, não há patrão nem empregado, existe um coletivo que executa a gestão de um empreendimento através de tomadas de decisão coletivas. O lucro não é o foco, mas sim o desenvolvimento humano, o trabalho, a satisfação do trabalhador ou trabalhadora em se sentir parte do processo. Nesta outra economia habilidades individuais são valorizadas e ao invés de uma pessoa enriquecer com o trabalho de outros, todos ganham o justo de acordo com a sua produção. Um bom exemplo desta forma de organização do trabalho nos dias atuais são as cooperativas de catadores de materiais recicláveis que cada vez mais vêm ganhando espaço através do trabalho coletivo e mostrando que é possível viver e trabalhar de uma outra forma.
Compra e Venda
O preço justo seria a base dessa transação de compra e venda. Um preço que esteja de acordo com o investimento do produtor, mas que também seja acessível ao consumidor. Como citado acima, o foco da Economia Solidária não é o lucro, ou seja, não há a intenção de enriquecimento de um indivíduo através da exploração de outro. E isso se aplica não só ao processo produtivo, mas também na comercialização dos bens.
Saber de onde vem o produto que está sendo comprado e entender a sua cadeia produtiva também são benefícios dos consumidores da Economia Solidária. Tendo a transparência como um dos princípios desse comércio justo, como é conhecido, quem compra não só tem consciência do preço que está pagando, como conhece a origem do produto adquirido e das etapas pelas quais ele passou até chegar às suas mãos. Há uma relação mais próxima entre produção e consumo.
E tem mais...
A Economia Solidária veio da necessidade dos menos favorecidos gerarem renda para um grupo comum sem que fosse necessário se render ao capitalismo que exclui trabalhadores e trabalhadoras que não se encaixam nos perfis profissionais exigidos e os deixam à mercê de um mercado competitivo e exploratório.
Respeito ao meio ambiente e propostas de produções sustentáveis, também são princípios da Economia Solidária, bem como a igualdade entre mulheres e homens, não só salarial, mas também nos seus direitos mais amplos.
Para saber mais acesse o site do Fórum Brasileiro de Economia Solidária: http://www.fbes.org.br/

Colônia Z-9 informa:

Oficina de Educomunicação realizada em 17 de abril
Aconteceu no último dia 17 de abril, terça-feira, com início às 17h00, a Oficina de Educomunicação com participação de cinco pessoas da Diretoria da Colônia de Pescadores Z-9 “Apolinário de Araújo”, sendo o presidente Wagner Robinson Klimke, Aguinaldo Coutinho, Zacarias Cunha, Evaristo Mateus de Castro e Ibson de Oliveira, além das secretárias da Colônia Tatiana Cardoso Mendonça e Simony Celly Reis Rio e Juliana Greco Yamaoka, essa última como madrinha das ações da Colônia dentro do Projeto de Empreendedorismo Comunitário. A ocasião serviu para a elaboração dos próximos passos para a confecção do blog e informativo da organização, divisão de responsabilidades entre os diretores em conselhos e visitas para as comunidades, além de tratar dos assuntos internos da Colônia.
Marinha esteve na Colônia em 13, 14 e 15 de abril
Nos dias 13,14 e 15 de abril, sexta a domingo, a Marinha do Brasil esteve presente na Colônia de Pescadores para regularização de documentos, caderneta da Marinha (CIR) e entrega de etiquetas. Esteve presente Sargento Gomes da Marinha e o Jocemar Cesar dos Santos da Inspeção Naval.
Conferência Estadual realizada em SP em 18 e 19 de abril
A Colônia de Pescadores Z-9, representada pelo seu presidente, Wagner Robinson Klimke, esteve presente na Conferência que aconteceu nos dias 18 e 19 de abril, quarta e quinta-feira, na cidade de São Paulo, juntamente com a Confederação CNPA, representada por Abrão Lincon, presidente da Federação, Tsuni Okida e 20 representantes de Colônias do Estado de São Paulo, além de autoridades presentes, como representantes do MPA - Ministério da Pesca e Aquicultura, MPS - Ministério da Previdência Social MPS e TEM - Ministério do Trabalho e Emprego. A definição da Conferência é para garantir os direitos sociais, econômicos, ambiental e efetivação do Código Sindical para as Colônias.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Rede Cananéia realiza Oficina de Educomunicação junto à ACARI

A intervenção teve a finalidade de traçar a identidade visual da Associação
No último dia 16 de abril, segunda-feira, na sede do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, no bairro do Ariri, às 20h30, sob a coordenação de Elaine Marques e Patrícia Dunker, membros da equipe técnica da Associação Rede Cananéia, foi realizada a Oficina de Educomunicação junto à ACARI – Associação da Comunidade Caiçara e Amigos do Ariri, objetivando elaborar a identidade visual desta organização.
Cerca de 20 pessoas participaram da ação, que foi realizada em conjunto com o IPÊ, dentro do Projeto de Turismo de Base Comunitária realizado por eles e com possível parceria junto ao Projeto idealizado pela Rede Cananéia na mesma área temática.
O próximo passo será a criação da logomarca que estampará o uniforme da ACARI.

No dia 05 de maio comemora-se o Dia da Parteira

Por Bianca C. Magdalena
Donas de sábias mãos as parteiras auxiliaram muitas mulheres a trazer seus filhos ao mundo, há alguns anos atrás, porém, mesmo com novas tecnologias e o acesso hospitalar disponível algumas mães preferem e escolhem parir acompanhadas por parteiras, enfermeiras obstetras ou obstetrizes, até nos dias de hoje.
Em 2011, o Projeto "Parteiras Caiçaras" realizou uma roda de prosa para celebrar a data, no Ponto de Cultura "Caiçaras" - Matimpererê Empório Cultural, em Cananéia, com a participação da parteira tradicional Cleuza da S. dos Reis, também fandangueira, e integrante da Pastoral da Família. Neste ano, a ideia é realizar alguma atividade com grávidas para tratar de assuntos ligados à gestação, parto, puerpério e aleitamento materno.
O trabalho realizado desde 2010 teve como objetivo fazer o levantamento das parteiras caiçaras de Cananéia, com apoio da Secretaria de Cultura, do Governo de São Paulo, pelo Programa de Ação Cultural (ProAC), e coletar e registrar seus relatos sobre os partos, sendo publicado em formato de livro, em dezembro passado, com a presença da parteira Enedina Cordeiro Coelho, que completou 81 anos, c/ uma centena de partos assistidos, na comunidade do Ariri. A obra está disponível na web, no link: http://issuu.com/parteirascaicaras/docs/parteiras_cai_aras, com acesso gratuito, para tod@s.
Acessem o Blog Parto no Brasil para mais informações: http://www.partonobrasil.com.br/

Projeto de Empreendedorismo Comunitário finaliza 2º trimestre

O Projeto “Rede de Fomento ao Empreendedorismo, Conservação e Sustentabilidade de Iniciativas Comunitárias” – Fase 2, realizado pela Associação Rede Cananéia e patrocinado pela Petrobras, através do Programa Desenvolvimento & Cidadania, termina 2º trimestre do cronograma e enquanto aguarda aprovação do relatório trimestral, organiza novas ações para o segundo semestre.
Mutirão de roças do SINTRAVALE
O Sítio Nova Esperança, propriedade do agricultor José Irene, localizado no bairro do Itapitangui, tem recebido apoio para a produção de pupunha. Através da participação de seus responsáveis no empreendimento comunitário do SINTRAVALE - Associação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Vale do Ribeira e Litoral Sul - Sub-sede Cananéia, foi possível adquirir mais de 900 mudas de pupunha para incrementar a produção agrícola da família.
Todo o trabalho foi realizado em sistema de mutirão, entre os mutirões de roçado e plantio que ocorreram entre os meses de dezembro de 2011 e março de 2012. Além disso, contou com o apoio de aproximadamente oito pessoas até o momento.
Os mutirões contam com almoço comunitário, regado a frango caipira e pato, oferecidos pelo agricultor familiar José Irene.
CAF realiza intercâmbio para manejo de taquara e oficinas de capacitação
No último dia primeiro de abril, domingo, das 09h às 11h, oito artesãs da CAF – Cananéia Artes e Fibras visitaram o Sítio Arapuá, a cerca de 3 km da entrada da cidade de Cananéia, na estrada da Ponte (Aroeira), com o objetivo de aprender como retirar (manejar) taquara. O objetivo da ação é começar a trabalhar o artesanato com outros elementos além da taboa.
Além disso, o Grupo vem realizando oficinas de capacitação de novas artesãs, o que pretende aumentar a capacidade de produção, objetivando o aumento das vendas e da renda.
Grupo de Capoeira e Maculelê realiza ensaios e rodas
O Grupo Filhos de Cananéia Maculelê continua realizando treinos e ensaios no Centro Comunitário às sextas-feiras, a partir das 19h00. Os ensaios pretendem melhorar as apresentações culturais do Grupo, que visa gerar renda com produção cultural.
São Gonçalo se apresenta em São Sebastião
O Grupo de Fandango Batido São Gonçalo realizará apresentações de música e dança no próximo dia 29 de abril, domingo, na cidade de São Sebastião/SP, durante a abertura do Evento “Caiçararte”.
A apresentação faz parte dos resultados das ações do Projeto de Empreendedorismo Comunitário e, além de divulgar o Grupo e o Projeto, busca a geração de renda a partir de produções culturais tradicionais.
Além disso, o Grupo se apresentou durante a execução do Roteiro Experimental de Turismo, entre os dias 27 e 29 de março.
Equipe técnica realiza reunião de alinhamento junto à ACARI
No dia 16 de Abril, segunda –feira, foi realizado um encontro para alinhamento do empreendimento Comunitário proposto pela ACARI – Associação da Comunidade Caiçara e Amigos do Ariri, a pedido da nova diretoria da Associação com a participação de Juliana Greco Yamaoka, Patrícia Dunker, Elaine Marques e Natalia Latansio de Oliveira, membros da equipe técnica da Rede.
A atividade teve início às 19h00 com uma rodada de apresentação de todos os presentes e logo em seguida a palavra foi passada à comunidade. Eles falaram sobre como vêem a Rede Cananéia e em seguida a equipe da Rede informou um pouco o papel dela junto às comunidades, os projetos em andamento, as organizações que fazem que a compõem e exemplificou maneiras de atuação em comunidade. Na oportunidade, o atual projeto e madrinha foram apresentados a todos. Valber Antônio dos Reis Coelho, coordenador do empreendimento comunitário da ACARI, informou o andamento do projeto até o momento e a diretoria ficou de rever o mesmo junto aos associados.
Gestão
Buscando realizar a gestão democrática e colaborativa do Projeto, são realizadas reuniões para a tomada de decisão das ações, chamadas de GT – Grupo de Trabalho Geração de Renda, que ocorrem nas primeiras quartas-feiras de cada mês, às 13h00, na sede da Rede Cananéia, com a participação da equipe técnica do Projeto e coordenadores dos empreendimentos comunitários.
Excepcionalmente em maio, devido às festividades do dia do Trabalho, a reunião será realizada no dia nove de maio.
Além das reuniões do GT, as ações executivas internas são discutidas nas reuniões de equipe técnica, que ocorrem quinzenalmente.

Rede Caiçara de Turismo Comunitário realiza roteiros experimentais

Por Patricia Dunker
Entre os dias 28 de março a primeiro de abril, quarta a domingo, foram realizados dois roteiros experimentais de turismo comunitário, um para as comunidades e grupos da área continental, chamado, a princípio, de Roteiro Rural e outro para as comunidades que estão à beira do canal, chamado como Roteiro das Águas.
Ambos os roteiros iniciaram-se com vivências junto a grupos que atuam na área central de Cananéia, seguindo, posteriormente, para o continente ou ilha. Esta atividade ocorreu com a intenção de testar os roteiros elaborados coletivamente no final de 2011 junto às comunidades e aos grupos que participam da Rede Caiçara de Turismo Comunitário.
Participaram como visitantes dos roteiros representantes de alguns Pontos de Cultura do Vale do Ribeira, de São Paulo capital e representante de uma agência que atua em Paranapiacaba/SP. Com isso, os convidados puderam contribuir com novas ideias e avaliar a necessidade de alguns ajustes nas atividades previstas nos roteiros e as comunidades puderam ter contato com o primeiro grupo que veio com intenção de vivenciar o turismo comunitário.
Assim que os roteiros estiverem adaptados, eles serão divulgados para agências de viagens parceiras e no site, que está sendo elaborado para divulgar o turismo comunitário de Cananéia.
Durante os três primeiros dias os participantes tiveram a oportunidade de vivenciar o cotidiano e atividades junto às comunidades e grupos e no quarto dia houve o encontro para a avaliação. A avaliação foi bastante positiva, todos ficaram muito satisfeitos com a vivência e aprendizado. As sugestões feitas pelos convidados foram registradas e próximo passo será o retorno às comunidades e grupos envolvidos para a finalização dor roteiros e divulgação junto às agências.
Processamento da experiência nas comunidades da Ilha do Cardoso e comunidades rurais
Martha Elisa Lemos de Carvalho
“A experiência como um todo, foi espetacular, transcendente, inédita, singular. Por meio da equipe do Turismo Comunitário da Rede de Empreendedorismo em Cananéia adentramos um mundo novo, revelador e que superou as expectativas. Mesmo já tendo vivido experiência semelhante me percebi renovada e incomodada com a proposta e vivência comunitárias...
A aproximação com as comunidades, na prática, com toda sua pluralidade, diversidade e simplicidade nos despertou os sentidos, despertou a alma. Convite ao encontro, afeto, sabedoria de vida... história, tradição, memória, ancestralidade. Uma coisa é 'ouvir falar', outra, vivenciar.
As trilhas, oficinas, vivências, revelam modos de vida, usos e costumes há muito perdidos ou esquecidos por nós 'urbanóides' nas grandes cidades do País. O grupo e coordenação, atenciosos, prestativos e cuidadosos, a todo momento nos auxiliando, contando e partilhando histórias próprias e da comunidade, solidários e anfitriões. As comunidades, inigualáveis! Resumo: Pessoas, pessoalidade.
Nós, colaboradoras da Rede de Pontos de Cultura em Diadema ficamos extremamente agradecidas pela acolhida, oportunidade e a hospitalidade. Retornamos a São Paulo com a graça e a benção da cultura de convivência e paz: na economia criativa, no modo de vida da população local, na sustentabilidade sociocultural, na ancestralidade, no minimizar impactos ambientais, enfim, um turismo responsável.
Vocês sabem, Ponto de Cultura e Cultura Viva é isso... como diz Célio Turino - Solidariedade + Criatividade = ALTERIDADE!!! Hoje e sempre. Saudamos a todos e todas, hoje e sempre, que assim seja!”
Outro depoimento (por Sandra Rosa): “ficou ótimo o texto da vivência que tivemos em Cananéia. Não me canso de falar com os meus amigos e familiares tudo que vivi.
Preciso confessar algo, eu ficava muito brava comigo mesma, porque a tia da perua que leva meu filho à escola, fez um roteiro e com isso meu filho sai de casa às 14h para chegar à escola somente às 15h, ele estuda das 15h às 19h, entrega ele somente às 20h. Quando ouvi o relato da comunidade Santa Maria, que as crianças demoram aproximadamente 4h para chegar à escola, me senti muito mal, egoísta, mesquinha...Estou compartilhando tudo isso, pois tudo que vivi e ouvi, me fez refletir muito.”

Rede Cananéia participa do VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental e Encontro Paralelo de Educomunicação em Salvador/BA

Elaine Marques e Juliana Greco Yamaoka
A experiência de Comunicação Comunitária junto às organizações e grupos associados à Rede Cananéia foi apresentada
A Associação Rede Cananéia participou do VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, entre os dias 28 e 31 de março, na cidade de Salvador/BA, e do Encontro Paralelo de Educomunicação, realizado entre 28 e 29 de março, organizado por Débora Menezes, com o objetivo de realizar o intercâmbio de informações e ideias para melhorar as ações realizadas junto aos grupos e às organizações de Cananéia.
O Fórum, de maneira geral, teve como finalidades realizar a troca de experiências entre educadores ambientais, proporcionar um espaço para pesquisas, vivências e experiências na área, preparar a comunidade civil para a Rio+20, dar continuidade ao Tratado de Educação Ambiental, promover o encontro de redes para fortalecimento da REBEA – Rede Brasileira de Educação Ambiental, proporcionar o encontro dos coletivos que atuam em educação ambiental e fortalecê-los, contribuir para a avaliação e o fortalecimento da Política Nacional de Educação Ambiental e promover o diálogo entre educação ambiental e diversidade.
Durante o Encontro Paralelo de Educomunicação, na manhã do dia 28 foi possível presenciar as palestras sobre “A visão da educomunicação e a interface com a educação ambiental”. O professor Ismar de Oliveira Soares, do Núcleo de Comunicação e Educação da Escola de Comunicações e Artes da USP, abriu o encontro falando a respeito da relação da academia e o papel da reflexão teórica na educomunicação e a educação ambiental. Renata Maranhão, gerente de projetos do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, enfatizou a inserção da educomunicação em políticas públicas e o que vem sendo feito no âmbito da educação ambiental. Gracia Lopes Lima, do projeto Cala-Boca Já Morreu, também trouxe uma provocação aos participantes do Encontro, perguntando que tipo de educação estamos desenvolvendo quando falamos de educomunicação e qual educação queremos. A educadora lembrou que há ainda organizações e pessoas que praticam educomunicação com equívocos e é preciso ter coerência entre o discurso e a prática para evitar que isso ocorra. Para Silvio Marchini, da Escola da Amazônia, a primeira pergunta que o educomunicador tem que fazer, então, é: “Que comportamento eu quero mudar? Quais são as causas desse comportamento?”. E, a partir daí, a educomunicação pode contribuir de forma mais efetiva na prevenção e a resolução destes problemas. “Conhecer os sentimentos significa conhecer o público e ai beneficiar o meio ambiente. Isso deve ser o ponto de partida para qualquer ação para a educação ambiental e comunicação”, comentou. À tarde, foi o momento das organizações, grupos e comunidades presentes apresentarem seus trabalhos de educomunicação e comunicação comunitária, onde a Rede Cananéia realizou a apresentação de sua experiência junto aos Grupos e Organizações participantes do Projeto de Empreendedorismo Comunitário, onde, de forma colaborativa, construiu planos de comunicação para tais grupos, como forma de divulgar seus produtos e serviços para a geração de economia e renda. Além disso, grupos baianos e educadores ambientais compartilharam suas experiências junto a comunidades e escolas.
O segundo dia do Encontro foi de exposição e debate sobre o que foi exposto no dia anterior, sendo organizada uma dinâmica de painéis rotativos, onde todos os presentes puderam desenvolver as questões colocadas sobre educomunicação e sua interface com a educação ambiental, sendo: O que é educomunicação e como se dá sua relação com educação ambiental?; Quais os desafios enfrentados pela Educação Ambiental na Educomunicação?; Quais as propostas para a formação de um educador socioambiental na perspectiva da Educomunicação?; Como avaliar a Educação Ambiental e sua interface com a Educomunicação (processos e metas)?; Como desenvolver um projeto/iniciativa de Educomunicação e Educação Ambiental com continuidade e garantir coerência nos processos educativos? e Como dar continuidade ao diálogo e relações criadas durante o encontro de Educomunicação?
Por fim, o grupo assumiu o compromisso de realizar um encontro nacional de educomunicação socioambiental, para auto-formação, melhor articulação e realização de ações mobilizadoras para manter a Rede ativa. Para tanto, foi formado um grupo educom-ea@yahoogroups.com.br, com a missão de cada um também difundir ações em suas redes. Também será criado um blog como repositório de artigos, reportagens, textos, mídias e outros materiais de projetos de educomunicação e de políticas públicas de Educação Ambiental e de comunicação. Além de ações simultâneas em vídeo a serem postadas na semana que antecede a Rio+20, com ações educomunicativas em todo o Brasil para debater o tema.
Além do Encontro de Educomunicação, a Rede Cananéia também esteve presente nas seguintes ações do Fórum: no Encontro de Estruturas Educadoras, Juventude e Envelhecimento com Camila Santos Tolosa Bianchi e Joamara Mota Borges (org); Encontro de Povos Indígenas com Cacique Robson Miguel e Índia Tikuna We'e'na Miguel (org); Mesa Redonda: "Visões de Mundo e sua Relações com a Educação Ambiental" com Michele Sato (UFMT), Marcos Arruda (PACS), Celso Marques (Agapan/RS) e Marcos Terena; Plantas medicinais e homeopatia no cultivo das plantas com Denise Dinigri (Ecobairro), Alessandra Aziz e Filipe Pereira Giardini Bonfim (Grupo Entrefolhas - Viçosa/MG); Mesa Redonda: "Olhares da Educação Ambiental" - Educação Ambiental Popular, Educação Ambiental Crítica, Ecopedagogia, Alfabetização Ecológica, Educação Ambiental TRansformadora, Educação Ambiental Vivencial e Educação Gaia com Maria Rita Avanzi (UnB), May East (Educação Gaia - Findhorn / Escócia), Marcos Sorrentino (Esalq/USP), Carlos Rodrigues Brandão (Unicamp), Paulo Roberto Padilha (Instituto Paulo Freire), Rita Mendonça (Inst. Romã), A Prática Cultural como Prática Educativa: Manifestações Culturais Brasileiras (Ciranda, Côco, Cacuriá e Bumba-meu-Boi) como Ferramentas de Sensibilização Ambiental com Ciça dos Reis Ferrari Oliveira, do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia – INEMA e Manifestação pelo veto do Novo Código Florestal e Cortejo rumo a Rio+20 no Centro Histórico Pelourinho.
Vale lembrar que o Fórum foi promovido pela REBEA – Rede Brasileira de Educação Ambiental e, nesta edição, organizado pela REABA – Rede de Educação Ambiental da Bahia, trabalhando três eixos temáticos, sendo eles: a Articulação em rede das ações dos educadores ambientais brasileiros: Como podemos fortalecer o protagonismo da educação ambiental em rede, diante das políticas públicas ambientais e de sustentabilidade?; Rio+20: Como a educação ambiental pode contribuir para os eixos da Rio + 2: economia verde e erradicação da pobreza? e Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global: Como o tratado está presente atualmente na ação do educador ambiental brasileiro?
Outras informações: http://www.viiforumeducacaoambiental.org.br/

Ex-Colônia participa de capacitação em defensoria pública

No dia 14 de abril, sábado, duas representantes da comunidade Ex-Colônia Velha, participaram da capacitação em Defensoria Pública, que ocorreu na cidade de Registro.
Este tipo de participação fora viabilizado pela representação da Comunidade no EAACONE - Equipe de Articulação e Assessoria das Comunidades Negras do Vale do Ribeira.

SINTRAVALE realiza mutirão para implantação de saneamento básico

As ações são parte do Projeto de Turismo Comunitário
O primeiro mutirão de implantação de sistemas de saneamento básico na área rural de Cananéia, aconteceu no bairro Aroeira, no último dia 16 de abril, segunda-feira.
Nesta ocasião, participaram 13 pessoas, entre agricultores familiares da SINTRAVALE – Associação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Vale do Ribeira e Litoral Sul - sub-sede Cananéia, técnicos da Rede Cananéia e um agricultor familiar e bioconstrutor da Cooperafloresta, em Barra do Turvo, responsável pela implantação do sistema na área rural de Barra do Turvo entre outros municípios.
As atividades tiveram início com a construção de placas de cimento com as quais serão montadas as fossas. A ação tem apoio do MinC – Ministério da Cultura, através do Prêmio Economia Viva da Secretaria da Cidadania Cultural, por meio do projeto “Rede de Economia Solidária, Cultura e Turismo de Base Comunitária – a produção cultural gerando renda em Cananéia – SP.
"O saneamento básico, vem sendo discutido pelo SINTRAVALE sub-sede Cananéia, desde 2003, e esta é a primeira ação efetiva para solucionar a questão", comenta Ibison de Oliveira, atual coordenador da sub-sede.
"Não adianta se pensar em estruturar a atividade turística sem resolver questões básicas de infra-estrutura. O baixo investimento necessário para a implantação deste tipo de tecnologia, torna viável a replicação do modelo em outros sítios e locais onde não há recolhimento das águas negra e cinza", diz Juliana Greco Yamaoka, técnica da Associação Rede Cananéia.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Grupo de Fandango São Gonçalo e ACUCA realizam Malhação de Judas

A manifestação ocorreu no Sábado de Aleluia e distribuiu balas para as crianças participantes
A ACUCA – Associação de Cultura Caiçara de Cananéia e o Grupo de Fandango Batido São Gonçalo realizaram no último dia sete de março, Sábado de Aleluia, às 11h00, no Palco Central da Praça Theodolina Gomes, na Rua do Artesão, a tradicional manifestação de Malhação de Judas, com a participação de cerca de 50 crianças.
Este ano o Judas malhado foi o senador Demóstenes Torres, da máfia do caça-níquel, sendo que o boneco estava recheado de balas doadas pelo comércio e colaboradores locais.
Ao final da atividade, mais balas foram distribuídas aos presentes.