A Associação Rede Cananéia é uma organização de sistema em Rede que tem a missão de apoiar, fortalecer e integrar grupos e organizações de Cananeia, com vistas ao desenvolvimento local sustentável e a valorização das identidades culturais. Atualmente são 17 entidades participantes. Este blog pretende ser uma rede de informações do terceiro setor do município de Cananéia - SP - Vale do Ribeira - Brasil.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Projeto de Empreendedorismo Comunitário realiza parceria com FGV para revisão dos planos de negócios comunitários


Rede Cananéia participa de Oficina do Sistema Participativo de Garantia do Fórum Paulista de EcoSol
Rede Cananéia participa de Formação em Avaliação pelo Instituto HSBC Solidariedade
O Curso teve como tema Avaliação de Projetos Sociais
A Associação Rede Cananéia participou, mais uma vez, do Programa de Formação de Parceiros 2010, oferecido pelo Instituto HSBC Solidariedade às suas instituições parceiras. Nos dias 16 e 17 de julho, a representante da equipe técnica da Rede Cananéia, Juliana Greco Yamaoka, juntamente com representantes das entidades que foram aprovadas nas seleções do Cartão IHS 2010 e Next Generation, realizou o curso de Avaliação de Projetos Sociais e aprendeu estratégias, ferramentas e instrumentos de avaliação de projetos sociais.
O objetivo é que, com tais informações, as organizações participantes possam aprimorar os processos de gerenciamento de suas ações. Além do aprendizado, as entidades tiveram a oportunidade de trocar experiências e informações que contribuem para a melhoria da qualidade do planejamento, gestão e avaliação de seus projetos.
Neste curso, foram capacitados 45 gestores sociais de 14 Estados diferentes.
Na Rede Cananéia a intenção é que tais ferramentas sejam repassadas ao restante da equipe técnica, para a melhoria da avaliação dos projetos da organização.
Grito dos(as) Excluídos(as) da Diocese de Registro será em Sete Barras
O lema deste ano será “Onde estão nossos direitos?
Vamos às ruas para construir um projeto popular”.
No próximo dia sete de setembro, será realizado o 16º Grito dos(as) Excluídos(as), que na Diocese de Registro será na cidade de Sete Barras, com o lema: “Onde estão nossos direitos? Vamos às ruas para construir um projeto popular”.
A programação conta com caminhada da ponte até a Matriz, seguida de almoço solidário, promovido pelas paróquias e pela partilha de todos os participantes que puderem colaborar.
O Grito é um conjunto de manifestações no dia da Pátria, sete de setembro, com o objetivo de atrair a atenção da sociedade para a crescente exclusão social, uma manifestação popular carregada de simbolismo, um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos(as) excluídos(as).
A 16ª edição do Grito será marcada por duas forças motrizes: a vida e os direitos, por um lado, e a participação no Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra, por outro. De uma parte, destacou-se a violência que vem exterminando a juventude brasileira; a Campanha da Fraternidade deste ano; o processo eleitoral, centrando a discussão em critérios éticos para a construção de uma democracia popular.
Cananéia
Em Cananéia a preparação do Grito dos(as) Excluídos(as) está sendo liderada pelo seminarista Adelson e Pastorais, como a da Pesca e da Juventude, que se reunirão no próximo dia 27 de agosto, sexta-feira, às 19h30, no Salão Paroquial, para a construção de uma Carta das Necessidades da comunidade local, que será apresentada no pré-grito de Cananéia, no dia seis de setembro, segunda-feira, às 18h00, com local ainda a confirmar.

Varação da canoa: a tradição viva
Caiçaras se reúnem para fazer a varação da canoa relembrando os antigos mutirões
Luana de Mello, Luana dos Santos, Solange Cubas & Fernando Oliveira
O dia 31 de julho amanheceu com muita serração. Coisa comum nos dias de outono e inverno na cidade de Cananéia. Anúncio de céu azul, já sabem os caiçaras que vivem por aqui. Um dia especial na vida de muita gente na Comunidade do Ariri.
Localizada na divisa de São Paulo com o Estado do Paraná, o Ariri vive dias de festa e alegria com o retorno de antigas tradições caiçaras. Uma delas é o mutirão de varação da canoa. Antes disso, porém, o mestre artesão escolhe uma árvore caída ou derruba uma que ele mesmo escolheu e começa a confeccionar a canoa com seus instrumentos. Depois de um mês e meio, mais ou menos, a canoa está pronta e no meio da mata! Como tirá-la de lá? Chamando alguns vizinhos e amigos para um grande mutirão.
E foi isso que Seu Zé Pereira, morador tradicional da comunidade do Ariri, fez nesse dia. Convidou um tanto de gente pra chegar, subir morro acima e depois descer morro abaixo com a canoa amarrada na proa e na popa. Não se trata de tarefa fácil. Ao contrário, os homens se esforçam ao extremo para segurar a canoa que pode chegar facilmente a uns 250 a 300 quilos. A gritaria é intensa e parece desorganizada, mas é fácil perceber que tudo está dentro dos conformes. Alguns desses homens recebem funções específicas que possuem nomes: proeiro, cordeiro e mestre da corda são alguns desses nomes. Todos têm que cumprir à risca a sua função e qualquer descuido pode resultar em acidente.
Mas nem todos são de ferro e em alguns momentos para-se para descansar e saborear a famosa “mãe com a fia”, uma mistura de cachaça e mel que é servida a todos aqueles que querer molhar a goela. A turma se reanima e a descida continua. No caminho, um susto cruza o caminho. Uma cobra conhecida como jararacuçu desentoca-se e segue seu destino. Lá embaixo a turma decide: vamos levar essa canoa até a casa de Seu Zé Pereira! E a gritaria recomeça. Os ânimos novamente se renovam regados à cachaça e mel. Estrada afora a puxada continua até chegar à casa de Seu Zé. A caiçarada faz pose pra foto e termina o trabalho.
Alguns caiçaras contam que antes as pessoas ficavam na casa de quem organizava o mutirão. Por lá, estendiam as esteiras no chão para dormir. Mas quem dormia em dia de mutirão? Quase ninguém porque a noite era reservada para a festa e fandango. Cantadores de diferentes comunidades se juntavam, muitas vezes logo após o mutirão, e começam a entoar seus versos sobre a vida simples do caiçara. Algumas brincadeiras também eram cantadas por esses mestres populares.
Hoje em dia tudo mudou. Os mutirões pouco a pouco foram se acabando, ora por causa da religião, que pregava contra essas festas, ora por causa das leis ambientais, que impediram o caiçara de viver como sempre viveu.
Segundo Dona Oliva, moradora do Ariri, o mais importante é não acabar com a tradição. Por isso, a varação da canoa que aconteceu nesse dia foi importante não só para relembrar como era antigamente, mas para reafirmar a resistência da cultura caiçara aos tempos de mudanças.
Fandango caiçara: patrimônio cultural brasileiro?
Por Ricardo Duran e Elaine Marques
O fandango caiçara passa pelas últimas etapas para ser reconhecido e receber o título de “Patrimônio Imaterial Brasileiro” junto ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Esse título de patrimônio imaterial é um reconhecimento do valor que essa manifestação apresenta no cenário nacional e uma forma de garantir com que continue presente nas comunidades onde ocorre e que receba apoio através de políticas públicas específicas.
Entre as manifestações culturais que já conseguiram ser registradas estão a capoeira, o samba de roda e o frevo, entre outras.
O pedido de registro foi encaminhado durante o “II Encontro de Fandango e Cultura Caiçara”, que ocorreu na cidade de Guaraqueçaba/PR em julho de 2008. Juntamente ao pedido foi enviado um extenso material já produzido sobre o fandango, como por exemplo, os livros “Museu Vivo do Fandango” e “Saberes Caiçaras”.
O registro é uma ajuda importante na discussão problemática entre legislação ambiental e permanência das comunidades tradicionais em áreas protegidas, pois funcionaria como uma alavanca para a cultura caiçara da região, fortalecendo a continuidade de suas práticas e celebrações passadas por gerações, sem ter que duelar com a legislação ambiental atual.
O registro também auxiliaria na divulgação nacional e internacional do fandango caiçara da forma como realmente é feito, ou seja, respeitando os motivos e ocasiões nos quais se toca, dança e se festeja com fandango.
Uma nova etapa neste processo de reconhecimento aconteceu em Cananéia nos dias seis, sete e oito de agosto na sede do Ponto de Cultura “Caiçaras”. A reunião foi aberta a toda comunidade interessada, onde se discutiu a quantas anda esse pedido de registro e também onde será apresentado parte do material audiovisual coletado no mutirão de varação da canoa, realizado no Ariri.
De acordo com o fandangueiro e artesão, integrante do Grupo de Fandango Batido São Gonçalo e presidente da ACUCA – Associação de Cultura Cananéia, José Fermino Marques, o encontro contou com cerca de 30 pessoas, vindas dos diversos bairros urbanos e rurais de Cananéia, Iguape e Juréia em São Paulo, representantes de Superagui, Morretes, Guaraqueçaba e Paranaguá no Estado do Paraná, além de membros da Associação Caburé/RJ, possibilitando, além da discussão sobre o processo de tombamento do fandango como patrimônio imaterial, a elaboração de um plano de salvaguarda e o mapeamento das comunidades que integram o fandango caiçara; o intercâmbio entre os fandangueiros, a interação dos problemas das comunidades e o reencontro de amigos, através do objetivo de preservar o fandango caiçara.
Além disso, foi discutida a realização do 3º Encontro de Fandangueiros, que será realizado em 2011 no Pontão de Cultura em Guaraqueçaba/PR.
Agradecimentos
Ao Seu Zé Pereira por sua coragem, resistência e fé, a Lúcia D. Souza pela parceria e apoio geral, a todos os fandangueiros e a todas as fandangueiras pela sua música e alegria, a todas as cozinheiras que capricharam no preparo da comida, a todas as pessoas e a todos os comércios que colaboraram com a arrecadação para a compra da alimentação do mutirão, a toda nossa equipe de trabalho que dá trabalho, mas trabalha bem e a toda Comunidade do Ariri que nos recebeu com alegria, carinho, respeito e amizade.
Parabéns a todos e a todas! A cultura caiçara vive dentro de cada um de nós...
ENTREMUNDOS acontece até quinta


Rede Cananéia no Fórum Regional de Economia Solidária
Fórum elabora abaixo-assinado para criação de Projeto de Lei para a EcoSol
No último dia 30 de julho, das 14h00 às 17h00 no Salão Paroquial de Sete Barras, foi realizada a segunda reunião do Fórum Regional de Economia Solidária do Vale do Ribeira, com a participação de representantes da Associação Rede Cananéia, que teve como principal ação a elaboração de uma abaixo-assinado para a criação de uma Lei específica para a EcoSol – Economia Solidária.
O objetivo da elaboração de uma Lei específica para a EcoSol, se dá por ainda não existir uma legislação que trate da Economia Solidária, sobre os direitos dos empreendimentos econômicos solidários, que seja garantia de um direito que possa ser cobrado, para benefício dos grupos autogestionários; já que uma Lei é uma garantia, não importando qual o governo, uma política de Estado. Para tanto, foi elaborado um abaixo-assinado para reivindicar a criação desta Lei.
De acordo com o Fórum Regional é importante fazer as pessoas entenderem sobre do que se trata a Ecosol, para que elas possam assinar o documento; realizar uma apresentação breve sobre o tema, utilizando o documento base da Conferência e, ainda, elaborar uma cartilha bem acessível às pessoas para que elas entendam sobre a Economia Solidária, o Comércio Justo e Solidário, o Projeto de Lei, etc. Para tanto, o Fórum sustenta a ideia de que é preciso trabalhar em várias frentes, como empreendimentos econômicos solidários, igrejas e associações de bairros para coletar as assinaturas de apoio ao Projeto de Lei.
Os municípios presentes, Cananéia, Sete Barras, Ilha Comprida e Registro se comprometeram em trabalhar em suas cidades para a mobilização de coleta de assinaturas, articulando com as diversas esferas da sociedade.
A pauta da reunião foi constituída, ainda, de apresentação pessoal, explicação sobre o que é a EcoSol, resumo sobre o que é a Conferência de Economia Solidária, apresentação sobre a II Conferência Nacional de Economia Solidária, que aconteceu em junho/2010, em Brasília – DF, contando com a participação de nove delegados do Vale do Ribeira; apresentação do documento base da Conferência Ecosol, estratégias de comunicação do Fórum e construção de projeto regional para contemplar a Economia Solidária no Vale.
A próxima reunião do Fórum EcoSol se realizará no próximo dia 27 de agosto, às 14h00, em Registro.
Outras informações através do blog ecosolvr.wordpress.com.
Rede Cananéia faz parte do Conselho da APA de Ilha Comprida
Por Patricia Dunker
Ocorreu no último dia 29 de julho, quinta-feira, na Escola Estadual “Professora Judith Sant’Ana Diegues”, em Ilha Comprida, a reunião de eleição dos membros da Sociedade Civil do Conselho Gestor da APA - Área de Proteção Ambiental Ilha Comprida.
Este Conselho será responsável por dar as diretrizes para a elaboração do Plano de Manejo da Unidade de Conservação, entre outras atividades. Agora o Conselho se esforça para formatar o regimento interno, que definirá como ele irá funcionar.
Há uma proposta em dividir as atividades do Conselho Gestor (CG) em: Plenário, Câmaras Técnicas (CT’s) que darão suporte ao CG e Grupos de Trabalho (GT’s) específicos conforme a pertinência e urgência do assunto; atuando sempre em reuniões públicas e abertas a todos os interessados. Essas instâncias debatem e analisam os diversos assuntos que tramitam pelo CG, buscando o melhor entendimento no âmbito de suas competências.
Na sexta-feira, dia 13 de agosto, houve uma cerimônia de posse do Conselho Gestor da APA Ilha Comprida, às 14h00, na Câmara Municipal de Ilha Comprida. Durante a cerimônia tomaram posse no Conselho Gestor todos os representantes das instituições da Sociedade Civil e do Poder Público, titulares e suplentes.
A Associação Rede Cananéia participa deste Conselho como suplente entre as instituições da Sociedade Civil.
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