quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Oficina Livre de Rabeca de Cabaça



 Por Amir Oliveira Garcia Filho



Entre o período de nove e 25 de agosto, no SESC – Serviço Social do Comércio de Pinheiros/SP, estão sendo realizadas as Oficinas Livres de Rabeca de Cabaça, pelos membros do Grupo Cultural São Gonçalo, sendo a produção realizada por Gabriela Bertoldo e as oficinas ministradas pelos artesãos Gabriel Bertoldo e Amir Oliveira Garcia Filho.
Essas Oficinas têm o objetivo de realizar a difusão da cultura caiçara de tocar rabeca nas manifestações do fandango caiçara e no Encontro de Tocadores de Rabeca de São Paulo; além de realizar um intercâmbio entre a cultura caiçara e a cultura nordestina, como o forró, cavalo marinho e Folia de Reis.
Vamos dar a despedida, a despedida vamos dar, com um verso de fandango:
“Aqui venho de tão longe, rompendo marés e ventos, somente pra não faltar no nosso divertimento”, versos de fandango da Família Pereira."

Grupo Arte em Retalhos participa da Campanha #estojosdobem






O Grupo Arte em Retalhos participou da Campanha #estojosdobem, sendo representado pelas artesãs Ana Paula Coelho (@pano_chic) e Márcia Sant'Ana (@infinita costura), sendo que na oportunidade foi realizada uma doação de dez peças para serem vendidas na Mega Artesanal.
Toda venda da Campanha #estojosdobem foi revertida para a aquisição de materiais escolares para crianças carentes.
Durante o evento as artesãs tiveram o privilégio de serem acompanhadas pela artesã Luciana Jaber, uma das idealizadoras do Projeto.


Carta de apoio às Comunidades Caiçaras do Rio Verde e Grajaúna na Jureia (SP)



24 de Julho de 2019

O COLETIVO DE EDUCADORES POPULARES DO VALE DO RIBEIRA vem repudiar a criminosa ação de despejo e demolição de casas do Território Tradicional do Rio Verde e Grajaúna, na Jureia, ocorrida no dia quatro de julho de 2019, a mando da Fundação Florestal do Estado de São Paulo sem autorização judicial e manifestar nosso total apoio e solidariedade às famílias atingidas nesta terrível ação do governo João Dória (PSDB), sob o argumento de proteger o meio ambiente.
Há pelo menos 33 anos a Secretaria de Meio Ambiente, atualmente Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), através da Fundação Florestal, vem pressionando e assediando os povos caiçaras que vivem na Jureia há cerca de oito gerações, em cima do seu território. Este constante assédio resultou na destruição de casas, mas não de pessoas, das bravas e justas populações caiçaras, ainda que também cause prejuízos culturais, psicológicos e econômicos na vida destas pessoas.
Esta secular resistência obteve finalmente uma vitória judicial no último 12 de julho de 2019, quando o juiz da 1ª Vara Judicial da Comarca de Iguape deferiu o pedido liminar do morador Edmilson e sua família, que tem os requisitos de tradicionalidade necessários para permanência no Território do Rio Verde e Grajaúna, impedindo a Fundação Florestal de continuar a demolição da última casa presente neste território.
Nosso Coletivo reconhece a história dos moradores do território caiçara, em especial com os educadores populares e professores da Jureia, sendo parte desta construção feita de forma conjunta. A rica experiência da Escola Caiçara, conduzida por seus educadores, em parceria com o poder público, é exemplo para o resgate da cultura tradicional através da educação popular no campo ou apenas Educação do Campo.
Sabemos ainda que enquanto as comunidades permaneceram neste território, jamais tiveram práticas que degradassem os recursos naturais ou que tivessem impactos significativos que ameaçasse a fauna e a flora. Pelo contrário, a permanência dos caiçaras neste território é garantia da conservação ambiental, de forma sustentável e planejada, valorizando e perpetuando a imponente cultura caiçara.
No atual contexto de ataques dos governos Municipal, Estadual e Federal, é preciso resistir às investidas que querem separar o povo de seu território e resgatar as práticas de vida e educacionais que possam empoderá-los de forma autônoma, desenvolvendo projetos político-pedagógicos e currículos próprios no resgate da estrutura e dos princípios da Escola Caiçara.
            Viva a Cultura Caiçara! Viva as Comunidades Tradicionais! Viva os Povos Originários!

COLETIVO DE EDUCADORES POPULARES DO VALE DO RIBEIRA
APAE – Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Cananéia
Associação de Capoeira Nosso Senhor do Bonfim – Filhos de Cananéia
Associação Grupo Cultural Tiduca
Coopercanis – Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Cananéia
EAACONE – Equipe de Articulação e Assessoria às Comunidades Negras do Vale do Ribeira
Grupo Arte em Retalhos
Grupo Cheiro do Mato – Produtos Artesanais com Plantas Medicinais do Itapitangui
Grupo Cultural São Gonçalo
SAVC – Sociedade Amigos da Velhice de Cananéia

A APAE Parabenizou Cananéia pelos seus 488 anos



Tema: Manifestação cultural “Culinária Caiçara”



A culinária caiçara no Litoral Sul é privilegiada em matéria de culinária. Há peixes variados, pois a pesca é muito rica, devido às correntes frias que vêm do sul. Antigamente, os caiçaras e viajantes do litoral preparavam todas suas refeições seguindo os costumes deixados pelos índios, a base da alimentação caiçara que era consumida desde a primeira alimentação (café da manhã) até a última (jantar), era mandioca, mandioquinha (batata baroa), cará ou inhame, manjubinha frita, pirão, tainha assada na grelha, aquele virado de feijão delicioso, carne de caça para comer com angu ou pirão. Pratos rápidos, substanciosos e além de tudo, muito saborosos. A verdadeira comida caiçara não levava os temperos que hoje fazem parte de qualquer receita, como o alho, tomate, azeite, margarina, orégano, etc., os mais utilizados na época eram o coentro, manjericão, limão rosa, louro, pimentas, banana.
Quando a geladeira ainda era um item de luxo nessas paragens, os caiçaras supriam esta necessidade conservando o peixe com sal (os índios não usavam o sal), o que é feito até os dias de hoje. Depois de limpo o peixe, arrancam-lhe as vísceras, passa-se sal por dentro e por fora do pescado, congelando-o a seguir. Outros itens básicos da alimentação caiçara são a banana (pacova dos índios) e o milho (avati dos índios). Doces e salgados deliciosos são preparados com esses ingredientes.
            Nos dias atuais temos os deliciosos pratos caiçaras como a moqueca de peixe, peixe seco com banana, caldeirada, lambe-lambe, ostras gratinadas entre outros.
            Devemos valorizar s cultura caiçara levando à nossa mesa produtos naturais nas preparações, valorizando, assim, seu valor nutricional e garantindo melhor qualidade de vida.

                                    “Que a alimentação seja o teu único remédio”. Hipócrates

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Dia do Jongo e 14º Arraiá Cultural Tiduca



O mês de julho foi de comemoração e festa para a Associação Grupo Cultural Tiduca





No dia nove de julho, foi comemorado o 4º ano da Comunidade Jongo Tiduca, onde os participantes se reuniram para uma linda confraternização, com direito a almoço coletivo, muito jongo e alegria. No mesmo dia é comemorado o Dia Municipal do Jongo, Lei Municipal nº. 2.274/2017.
E no dia 13, aconteceu o 14º Arraiá Cultural Tiduca, que esse ano foi realizado na Praça do Rocio, por motivos de obras na Praça da Tiduca, que é considerada a “casa” da Associação Grupo Cultural Tiduca, onde sempre são realizados os eventos da AGCTIDUCA. Mas o novo endereço não tirou o brilho habitual do Arraiá Tiduca.
Desde cedo, os integrantes da associação se reuniram para montar e organizar a praça, para que a linda festa tivesse início às 14h, com muitas brincadeiras e intervenções para as crianças, que ocuparam o espaço para aproveitar ao máximo. A partir das 19h foi dado o início às atrações noturnas, hip hop, danças, maracatu e a tradicional quadrilha infantil e adulta. Para encerrar a festa e esquentar um pouco a fria noite, muito forró pé de serra com a banda Nativus da Ilha, que tiveram a missão de embalar munícipes e turistas que ali estiveram presentes. Estima-se que mais de mil pessoas passaram pela praça, curtindo as atrações e se deliciando com os comes e bebes juninos.
A AGCTIDUCA agradece imensamente a todos que direta e indiretamente ajudaram e apoiaram o 14º Arraiá Cultural Tiduca, expositores, parceiros, amigos. Em especial aos integrantes da Associação, que arregaçaram as mangas e fizeram uma linda e memorável festa.
E para o ano de 2020 muitas ideias já rondam as cabeças para que o tradicional Arraiá Cultural Tiduca seja cada vez melhor e mais bonito. Mas até lá, muitas ações com a marca AGCTIDUCA irão acontecer.
Liliana Soares