O evento foi uma
realização da Poiesis, Oficina Culturais e Prefeitura de Registro
A Associação Rede Cananéia foi uma
das organizações que participou do Ciclo de Estudos sobre Cultura Tradicional e
Contemporaneidade, com o tema Cultura Caiçara, realizado na cidade de Registro,
nos dias 28 e 29 de setembro, sábado e domingo, no Centro de Formação Artística
“Fermino Gonçalves de Freitas”, sob a responsabilidade da Poiesis, Oficinas
Culturais e Prefeitura Municipal de Registro, com o objetivo de proporcionar um
espaço de troca de experiências sobre os modos de
viver, criar, fazer, preservar e difundir a cultura caiçara, numa reflexão
acerca de território, identidade, contemporaneidade e resistência de
comunidades tradicionais.
As atividades começaram no dia 28,
com a Oficina “A cultura popular brasileira na Educação”, ministrada por Maria
Eugênia Almeida, das 19h às 22h, com a participação de 50 pessoas.
No sábado foram realizadas três
rodas de conversas, mediadas pelo professor Antônio Diegues, sendo a primeira
das 10h às 12h, com o tema Comunidade Tradicionais e Meio Ambiente, com a
participação de Adriana Lima, Andrew Toshio Hayama, Cláudio Henrique Pedroso,
Davi Paiva, Ditão e Timóteo Verá Papiguá. A segunda teve como temática Caiçara:
Raízes e Composições, com a colaboração de Cleiton Prado, Dauro do Prado,
Fernando Oliveira, Lisângela Kati do Nascimento, Mestre Aorelio Domingues e
Paulo César Franco, das 14h às 16h e, por fim, das 16h30 às 19h, com a
participação da Rede Cananéia, houve a última conversa com o tema Cultura
Caiçara: Olhares do Litoral Paulista, sendo a mesa composta por Elaine Marques,
José Mário, Marcos Prado, Mestre Luís Adilson, Simoni Lara, Zé Pereira e
Tatiana Cardoso. Sendo as atividades fechadas com apresentação do Grupo de
Fandango Esperança.
As discussões e troca de
experiências mostraram a resistência do povo caiçara, não só no litoral
paulista, mas também no Paraná e Rio de Janeiro, ficando claro que a luta pelo
território é comum entre todas as comunidades tradicionais, que precisam
resistir firmemente para que sua cultura e história não sejam aplacadas pelo
tal “progresso” e que é necessário a criação de políticas públicas para adequar
o sistema às demandas locais e trabalhar a realidade e a identidade caiçara na
escola para que ela não se perca.