terça-feira, 22 de maio de 2012

Rede Cananéia realiza roteiro experimental de base comunitária

Por Marina Vianna
Entre os dias 18 e 20 de maio ocorreu uma atividade entre comunitários e equipe da Rede Cananéia, integrando o Projeto Rede de Fomento ao empreendedorismo, conservação e sustentabilidade de iniciativas comunitárias e o Projeto de Turismo de Base Comunitária.
Representantes dos grupos participantes dos Projetos, que vieram de diferentes comunidades de Cananéia, se passaram por “turistas” e ao mesmo tempo aprendizes dentro do próprio município. A distância entre alguns bairros de Cananéia, e a dificuldade de locomoção faz com que muitos moradores não conheçam uma outra parte do município. A integração desses Projetos teve como meta uma troca de experiências entre comunidades, de forma que os visitantes aprendiam com as comunidades visitadas e ao mesmo tempo contribuíram dando sugestões de melhoria ao receptivo de turistas.
Os participantes passaram um dia conhecendo iniciativas e projetos do Centro urbano de Cananéia e nos outros dois dias fizeram o Roteiro das Águas, com visita ao Bairro do Ariri e às Comunidades da Enseada da Baleia e do Marujá, na Ilha do Cardoso.
No Centro, os “turistas” conheceram a Colônia de Pescadores Z-9 Apolinário Araújo, fizeram uma oficina de artesanato em taboa, com as artesãs do grupo CAF - Cananéia Artes e Fibras e, ainda, foram agraciados com apresentações culturais do grupo de Maculelê “Filhos de Cananéia”, que apresentou roda de capoeira, puxada de rede, maculelê e pirofagia, e do Grupo de Fandango Batido São Gonçalo, que terminou sua apresentação convidando o público para um baile de Fandango.
Após um passeio de três horas de escuna, o que era uma novidade para alguns, o grupo chegou no Ariri, onde foi recepcionado por jovens da comunidade e por cozinheiras que prepararam um delicioso almoço com comidas locais, como a galinha caipira com mandioca da roça. A sesta se fez enquanto a cultura local era ainda mais revelada, com contos e causos do Senhor Abraaão e a apresentação do grupo de Fandango Batido do Ariri.
Antes que a noite caísse, os “turistas” foram à Enseada da Baleia, onde se alojaram, jantaram uma comida típica com atenção ao peixe fresco e só foram deitar ao fim do fandango tocado pela Família Pereira. O último dia dessa jornada teve uma oficina de bolsas e sacolas em Furoshiki e pintura à mão em ecobags, ministrada por artesãs da comunidade e a demonstração de uma arte de pesca, o arrasto de praia, por dois jovens pescadores.
Na volta para Cananéia, ainda houve uma parada na comunidade do Marujá e conversa com o Seu Ezequiel. Apesar do cronograma de viagem bastante apertado, todos os participantes gostaram muito das experiências que conheceram, da troca de saberes e conversas sobre o turismo de base comunitária.

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